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Cólica menstrual. Como a fitoterapia pode ajudar?       

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Cólica menstrual. Como a fitoterapia pode ajudar?             

A cólica menstrual, também chamada de dismenorreia é caracterizada por dor no baixo ventre durante a menstruação. Em 5 a 15% das mulheres com dismenorreia primária, as cólicas são graves, incapacitando muitas vezes sua presença até mesmo na escola ou trabalho. A dor tende alcançar intensidade máxima 24h após o início da menstruação e tende a diminuir após 2 a 3 dias.

A queda de progesterona no fim do ciclo ovulatório, na fase lútea, antes da menstruação, provoca aumento na síntese de ácido araquidônico, o qual é metabolizado por duas vias: a da 5-lipoxigenase, que leva à formação de leucotrienos, e a via da cicloxigenase, que produz prostaglandinas (PGF2α e PGE2), prostaciclinas e tromboxano A2.

As prostaciclinas provocam vasoconstrição e contração miometrial, levando à isquemia, que reduz o limiar de dor da mulher e, consequentemente, provoca a dor. E a presença dos mediadores inflamatórios na corrente sanguínea são responsáveis também pelos sintomas sistêmicos como mal-estar, náuseas, lombalgia, entre outros.

A abordagem não farmacológica, embora ainda deficitária de evidências científicas robustas, deve ser encorajada, por seu potencial de agregar bem-estar e qualidade de vida, e ausência de efeitos colaterais.

Portanto a prática de atividade física por melhorar o fluxo pélvico e estimular a liberação de endorfinas que agem como analgésicos inespecíficos, acupuntura, massagens relaxantes, uso de calor local (bolsa de água quente, banho morno) por aumentar a vascularização local podem ser estratégias benéficas para serem utilizadas.

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O uso de alimentos com ação antiinflamatória e fitoterápicos também são bastantes bem vindos nesse protocolo.

Veja algumas dicas de uso de Fitoterápicos

Angelica sinensis

  • Mecanismo de ação: inibe a contração do útero e melhora a microcirculação
  • Parte utilizada: Raiz
  • Droga vegetal (decocção): 4,5g a 9g/dia
  • Extrato padronizado em 1% ligustilide: 100mg a 600mg/dia
  • Tintura (1:5): 4 a 8ml/dia

Contraindicações:

  • Crianças, gestantes e lactantes;
  • Indivíduos que usam medicamentos anticoagulantes, como a warfarina, pela presença de cumarinas;
  • Cautela em pacientes com fluxo menstrual abundante, pois pode agravar metrorragia.

 

Himatanthus bracteatus (Agoniada)

  • Mecanismo de ação: antiinflamatória e antiespasmódica em musculatura lisa uterina e intestinal. Reduz as contrações de musculatura lisa.
  • Parte Utilizada: Casca e Látex
  • Droga vegetal (Decocção): 2 a 10g/dia – 3 doses ao dia (150ml cada)
  • Pó da planta: 300mg a 1200mg/dia

Contraindicações:

  • Crianças, gestantes e lactantes
  • Látex pode ser tóxico
  • Não usar por tempo prolongado devido a poucos estudos.

 

Alchileia milefolium (Mil folhas)

  • Mecanismo de ação: analgésico, antiinflamatório e antiespasmódico
  • Parte Utilizada: parte aérea

Droga vegetal (Infusão): 1 a 2g em 250 ml de água. Preparar por infusão, durante 10 a 15 minutos. Tomar 250 ml, 10 minutos após o preparo, 2 a 3 ao dia

Contraindicações:

  • Crianças, gestantes e lactantes
  • Indivíduos que usam anticoagulantes e anti-hipertensivos
  • Portadoras de úlceras gastroduodenais ou com obstrução das vias biliares
  • Doses elevadas pode causar: cefaleia, náusea, vertigem e redução do limiar convulsivo.

 

Referências:

Aguilar-Aguilar E. Desordenes menstruales: lo que sabemos de la terapia dietetica-nutricional. Nutr Hosp 2020;37(N.o Extra 2):52-56.

Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira, 2ª edição, 2021 20

Acqua RD, Bendlin T. Dismenorreia.FEMINA. v.43,n6, 2015.

Andreia Nishiyamamoto
Andreia Nishiyamamoto
Nutricionista Diretora PratiEnsino Preceptora de residência clínica (HUPE/UERJ) Especialista em nutrição clínica estética e saúde da mulher
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