Nutrição vegetariana e plant-based como alternativa para redução de índices inflamatórios em esportistas: o que diz a ciência?
A tendência de crescimento é constante quando o assunto é a dieta vegetariana e plant-based. Dietas à base de vegetais vem aumentando a aceitação e apreciação entre todos os públicos.
No esporte, não poderia ser diferente, inúmeros atletas de alto rendimento estão se tornando adeptos a esse padrão alimentar. Portanto, o nutricionista dominar esse assunto é de extrema importância para atender esta ascendente demanda nos consultórios!
Segundo o centro de pesquisas IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística), 30 milhões de pessoas, que representa em torno de 14% dos brasileiros, relataram ser vegetarianos ou veganos em 2018.
No esporte, os resultados das pesquisas acerca dos benefícios da nutrição vegetariana e plant-based são promissores. Conforme evidências, dietas vegetarianas podem produzir vantagens ergogênicas ao induzir uma leve alcalinidade sérica durante o exercício.
Rica em antioxidantes, a nutrição vegetariana e plant-based pode auxiliar na redução do estresse oxidativo associado ao exercício prolongado e modular a função imunológica e índices inflamatórios.
Uma dieta baseada em vegetais parece ser uma excelente estratégia para reduzir índices inflamatórios. Em uma meta-análise publicada em 2017, dietas vegetarianas consumidas ao longo de um período de dois anos mostraram reduzir as concentrações séricas de proteína C reativa (um marcador inflamatório), sugerindo um efeito anti-inflamatório em dietas plant-based.
Os benefícios anti-inflamatórios das dietas à base de plantas podem resultar de seu potencial antioxidante, ausência de alimentos que podem ser inflamatórios ou sensibilizantes e ausência de lipídios considerados pró-inflamatórios.
A possibilidade de que tais dietas também possam contribuir para um melhor desempenho e recuperação acelerada em esportes de resistência pode ser aumentada por seus efeitos no fluxo sanguíneo, composição corporal, capacidade antioxidante, inflamação sistêmica e armazenamento de glicogênio. Esses atributos fornecem uma base científica para a aderência a dietas vegetarianas e plant-based por atletas de resistência.
Referências
Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – IBOPE. Pesquisa de opinião pública sobre vegetarianismo. [S.l.]: IBOPE; 2018. 24 p. Disponível em: https://www.svb.org.br/images/Documentos/JOB_0416_VEGETARIANISMO.pdf.
HIETAVALA, E-M.; STOUT, J.R.; HULMI, J.J.; SUOMINEN, H. et al. Effect of diet composition on acid-base balance in adolescents, young adults and elderly at rest and during exercise. European Journal of Clinical Nutrition. v.69, n.3, p.399-404, 2015.
TRAPP, D.; KNEZ, W.; SINCLAIR, W. Could a vegetarian diet reduce exercise-induced oxidative stress? A review of the literature. Journal of Sports Sciences. v.28, n.12, p.1261-8, 2010.
BARNARD, N.D.; GOLDMAN, D.M.; LOOMIS, J.F. KAHLEOVA, H. et al. Plant-Based Diets for Cardiovascular Safety and Performance in Endurance Sports. Nutrients. v.11, n.1, p. 130, 2019.
HAGHIGHATDOOST, F.; BELLISSIMO, N.; ZEPETNEK, J.O.; ROUHANI, M.H. Association of vegetarian diet with inflammatory biomarkers: a systematic review and meta-analysis of observational studies. Public Health Nutrition. v.20, n.15, p.2713-2721, 2017.
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