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Microbiota Intestinal e Transtorno do Espectro do Autismo – Qual a relação?

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Microbiota Intestinal e Transtorno do Espectro do Autismo – Qual a relação?

Pesquisas clássicas sobre autismo investigavam as causas genéticas para essa doença; posteriormente, descobriu-se que o autismo também está associado a fatores ambientais, especialmente a condições alimentares Nas últimas décadas, diversas correlações entre a microbiota intestinal e doenças neuropsiquiátricas, como o Transtorno do Espectro Autista, têm sido apontadas pela ciência.

O transtorno do espectro do autismo (TEA) constitui um grupo de transtornos do desenvolvimento cerebral e apresenta como uma de suas definições o comportamento estereotipado e déficits na comunicação e na interação social, com influência significativa no desenvolvimento da criança.

A hipótese de uma conexão entre microbiota intestinal e TEA – via eixo intestino-cérebro – originou-se de evidências prévias que crianças com TEA apresentavam maior relato de distúrbios gastrointestinais.

Os sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, diarreia, constipação e flatulência, são uma comorbidade comum em pacientes com TEA e bastante presente no relato dos pais e profissionais da área. Atualmente, os dados da literatura apontam esses distúrbios gastrointestinais relacionados à disbiose intestinal e presença de grupos bacterianos ligados à processos inflamatórios.

Embora ainda não exista uma assinatura de microbiota definida para os mais diversos espectros e faixas etárias, estudos apontam como achados em comum: níveis reduzidos de Bifidobacterium, além de níveis elevados de Desulfovibrio, Sutterellaceae e Enterobacteriaceae.

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Ensaios clínicos já demonstram possível efeito positivo do tratamento com probióticos sobre sintomas neurocomportamentais em pacientes com TEA, com resultados favoráveis de cepas específicas de Lactobacillus e Bifidobacterium na capacidade de concentração, redução de comportamento repetitivos e ansiedade. Adicionalmente, pesquisas também apontam benefícios em administração de prebióticos e no transplante de microbiota fecal.

Referências:

Mangiola F, Ianiro G, Franceschi F, Fagiuoli S, Gasbarrini G, Gasbarrini A. Gut microbiota in autism and mood disorders. World J Gastroenterol. 2016;22(1):361-368.

Tamburini, S.; Shen, N.; Wu, H.C.; Clemente, J.C. The microbiome in early life: Implications for health outcomes.  Med.2016, 22, 713–722.

Li Q, Han Y, Dy ABC, Hagerman RJ. The Gut Microbiota and Autism Spectrum Disorders. Front Cell Neurosci. 2017;11:120. 2017 Apr 28.

Ristori MV, Quagliariello A, Reddel S, et al. Autism, Gastrointestinal Symptoms and Modulation of Gut Microbiota by Nutritional Interventions. Nutrients. 2019;11(11):2812.

Revista Boa Ciência
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